quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Cirurgia Bariátrica - HUB


Requisitos


Não basta estar acima do peso, apresentar dificuldades respiratórias ou pressão alta para se submeter a uma cirurgia considerada de risco, como a redução de estômago. São vários os critérios exigidos pelos médicos da rede hospitalar pública. Entre eles: ausência de distúrbios psiquiátricos, índice de massa corpórea igual ou superior a 40, e ter submetido a tratamentos de emagrecimento de, no mínimo, dois anos. Especialistas ainda ressaltam que o sucesso da cirurgia depende 50% do paciente. O coordenador de cirurgia bariátrica do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Carlos Augusto da Cruz, explica que pessoas com transtornos psiquiátricos não têm condições de serem submetidas à cirurgia. “O alcoólatra e bipolar, por exemplo, são indivíduos que têm um comportamento doente e, por isso, não pode ser mudado. Uma não-aceitação do paciente à nova vida pode ocasionar graves distúrbios”, conta Cruz ainda conta que a avaliação psicológica e nutricional pré e pós-cirúrgica também é uma das exigências para a pessoa ser liberada para a cirurgia. “Fazemos nossos pacientes se comprometerem a continuar os tratamentos depois da operação. Eles precisam aprender a como se alimentar e aceitar a nova condição”, esclarece. Nos 30 primeiros dias após a cirurgia, as refeições dos pacientes são baseadas em líquidos poucos calóricos. A operação por si só também não resolve o problema de obesidade das pessoas. O jornalista, Petronilo Oliveira, de 23 anos, conta sua experiência. “As pessoas têm que ter a consciência de que, se não fizerem exercícios, a cirurgia não adianta nada. O estômago dilata novamente e a pessoa passar a comer mais”, diz. Petronilo passou pela redução de estômago há três anos. Na época, ele pesava 155kg e hoje atingiu os 105kg. “Muita gente acha que só a cirurgia basta. Hoje como mais devagar, mas demorei muito para fazer exercícios físicos o que me prejudicou”, relata. A cirurgia de Petrolino custou cerca de R$ 10 mil reais em um hospital particular de Brasília. “Passei seis meses fazendo exames e sessões de terapias. Na época, muita gente também tentou fazer a cirurgia e não conseguiu. Os médicos exigem um peso suficiente para fazer e só fazem quando é gordura mórbida”, diz. Ele pretende atingir os 85kg nos próximos meses. “Voltei a malhar e quero chegar ao meu peso ideal”, afirma. Riscos O risco é o mesmo de qualquer outra cirurgia de grande porte. Porém, o risco existe e deve ser considerado principalmente porque o obeso, normalmente, já possui alterações respiratórias, circulatórias e cardíacas. Segundo o coordenador de cirurgia bariátrica do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Carlos Augusto da Cruz, a estatística é de uma morte a cada 200 cirurgias feitas no Brasil, o que representa 0,5% do total.

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