segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Síndrome de Munchausen: Fingir Doença para Chamar Atenção

A síndrome de Munchausen, também denominada simulação, não é um distúrbio somatoforme, mas as suas características são algo similares aos dos distúrbios psiquiátricos sob a aparência de uma doença orgânica. A diferença fundamental é que os indivíduos com a síndrome de Munchausen simulam conscientemente os sintomas de uma doença. Eles inventam repetidamente doenças e freqüentemente vão de hospital em hospital em busca de tratamento. Contudo, a síndrome de Munchausen é mais complexa que a simples e desonesta invenção e simulação de sintomas. Ela está associada a problemas emocionais graves. Os indivíduos com esse distúrbio geralmente são bem inteligentes e cheios de recursos. Eles não somente sabem como simular doenças, mas também possuem um conhecimento sofisticado das práticas médicas. Eles são capazes de manipular seus cuidados para serem hospitalizados e submetidos a uma enorme quantidade de exames e tratamentos, incluindo cirurgias de grande porte. Suas fraudes são conscientes, mas a sua motivação e busca por atenção são em grande parte inconscientes. Uma variante curiosa da síndrome é denominada Munchausen por substituto. Nesse distúrbio, uma criança é utilizada como paciente passivo, geralmente por um dos genitores. O genitor falsifica a história médica da criança e pode causar-lhe danos com medicamentos ou adicionando sangue ou contaminantes bacterianos em amostras de urina, orientando todo o seu esforço para simular uma doença. A motivação subjacente a esse comportamento tão estranho parece ser uma necessidade patológica de atenção e de manter uma relação intensa com a criança.

Manual Merck.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

FALANDO SOBRE A MORTE

Falando sobre a morte com as crianças

Algo inevitável, mas difícil de aceitar. A morte é, principalmente para a cultura ocidental, o fim da linha. Um fato extremamente sofrido e triste que, para os cristãos, representa o encontro com Deus e a plenitude no dia do juízo final. Já para algumas filosofias ou religiões orientais e européias, como o espiritismo, a morte é alentadora para a pessoa que vai embora para outro “plano” ou “freqüência”, já que o espírito deve evoluir moralmente. Porém, isso não quer dizer que as pessoas ligadas a essas filosofias não sofram com a perda e a saudade, independente de qualquer crença.

Talvez o principal desafio no caso da perda de um ente querido seja entender o porquê da morte. E para as crianças, que ainda estão com a personalidade em formação e não compreendem a realidade tanto como os adultos, pode ser muito mais difícil. Mas qual seria a “fórmula” para falar do assunto com elas? Os especialistas são unânimes em pelo menos um ponto: nunca se deve esconder a morte de uma criança, seja de quem for.

A psicóloga clínica e psicanalista Rosecler Schmitz, que trabalha voluntariamente no grupo Amigos Solidários na Dor do Luto (de Curitiba), explica que, independente da idade da criança, nunca se deve omitir a morte de alguém ou inventar histórias, como, por exemplo, “ele viajou e um dia volta”, “Deus levou” ou, ainda, “ele virou uma estrelinha”. “Sempre temos que esclarecer, desde a primeira infância. E responder às questões que a criança fizer de maneira clara, objetiva, sem se estender muito, pois ela vai entender. A criança tem as mesmas emoções dos adultos, só que a maneira de expressar é diferente. E ela precisa viver suas emoções, isso é inerente ao ser humano”, disse a psicóloga.

Rosecler explica que a criança vai entender a morte de acordo com a sua faixa etária. Aquelas que são muito pequenas, com até três anos de idade, ainda não a entendem com muita clareza. “Elas já percebem as emoções, mas não têm idéia do abstrato”, orienta. Já a partir dos dois anos de idade, a criança possui pensamentos mágicos, imagina muitas coisas. “Nessa idade, ela pode até não entender muito bem o que é a morte, mas já percebe a ocorrência. Muitas vezes os pais escondem as emoções, mas não adianta, pois elas sentem. Nessa fase os pais podem comparar a morte com o mesmo fato que acontece com um animal ou até uma plantinha”, disse. Dos três aos cinco anos de idade, segundo a psicóloga, a criança começa a personificar o fato e os pais podem associá-lo aos contos infantis. “Normalmente elas assimilam muito bem as histórias infantis”, afirmou.

A partir dos nove ou dez anos, a criança está em um ritmo de desenvolvimento maior e já percebe com clareza que ela também vai morrer um dia. Dos 11 aos 12 anos, ela está convicta disso e já entende o fenômeno, diz Rosecler. “Temos que dizer, com todas as letras, que tal pessoa morreu. E a criança vai construir seu conceito de morte imaginariamente. Ela precisa aprender a lidar com as perdas e os ganhos, constantes na vida”, orienta.

Pais mostram consolo na religião

Os especialistas orientam a maneira mais correta de explicar para uma criança o que é a morte. Porém, pais que vivenciaram a situação na pele contam o que deu certo com seus filhos. Experiências que podem ser bons exemplos para quem não sabe o que fazer com a presença de uma criança em uma hora tão triste.

A advogada e jornalista Marly Garcia tem um filho com 14 anos de idade, o Yuri. O menino passou por três situações de morte na família, de pessoas bem próximas. Segundo Marly, como a família possui formação espírita, não foi difícil explicar para Yuri, desde muito cedo, o porquê da morte. “Ele conviveu muito tempo com a minha mãe doente e eu dizia a ele, abertamente, que ela iria morrer logo. No dia do enterro, quando ele olhava atentamente a sepultura, eu disse que o espírito continuaria vivendo”, conta.

E parece que a atitude de Marly deu muito certo, pois Yuri se mostra muito tranqüilo com relação à morte. “Vai acontecer com todo mundo um dia. Saudades eu sinto, mas tento não pensar muito nisso”, disse o garoto.

Já a pedagoga Rajah Chaim, que tem três filhos (Gabriel, com 14 anos, Mariana, 12, e Emanoel, dez), diz que nunca levou os filhos aos sepultamentos. As crianças perderam o avô há três anos e, para Rajah, o que realmente é necessário é passar uma mensagem de paz para elas. “Digo a elas que há um ponto na vida da gente que vamos morrer, seja por problemas de saúde ou por uma fatalidade. Mas digo também que isso não é terrível para quem se foi, que ela vai se encontrar com Deus e com os anjos e vai continuar ajudando a gente a ter boas atitudes. Também explico que é importante que nós procuremos fazer o melhor por quem ficou aqui, sentir saudade de quem se foi, e não tristeza.”

Fonte: Paraná Online

Créditos: Ana http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com


PRIMEIRO CASO DE CURA DE RAIVA HUMANA NO BRASIL

Jovem que sobreviveu à raiva humana recebe alta no Recife


Segundo médicos, foi o primeiro caso de cura da doença no país.
Ele foi levado para casa por ambulância.

Um adolescente de 16 anos recebeu alta médica de um hospital do Recife, nesta sexta-feira (18). Segundo os médicos, ele é o primeiro brasileiro que se curou da raiva humana. Uma ambulância do município de Floresta, onde vive a família, chegou à unidade de saúde logo cedo para fazer o transporte do paciente.

O garoto contraiu a doença depois de ser mordido por um morcego, enquanto dormia. Ele estava internado na unidade de saúde desde outubro do ano passado e saiu da UTI em fevereiro deste ano, após mais de cem dias de tratamento. O pai deixou o trabalho para fazer companhia para o filho.

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, ele teve algumas sequelas, não está andando, fala com dificuldade, mas vai continuar tendo acompanhamento médico.


O tratamento usado foi baseado Protocolo de Milwaukee, criado nos Estados Unidos em 2004. O hospital informa que foram usados antivirais, sedativos e anestésicos.


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cientistas anunciam maior avanço sobre mal de Alzheimer dos últimos 15 anos


Dois grupos de cientistas, um do Reino Unido e outro da França, deram um "grande passo adiante" nas pesquisas sobre o mal de Alzheimer, ao identificar três novos genes relacionados à doença, o que poderia reduzir em até 20% seus índices de incidência.

Julie Williams, professora da Universidade de Cardiff, no País de Gales, à frente da equipe de pesquisa sobre o tema no Reino Unido, afirmou que se trata "do maior avanço conseguido na pesquisa sobre Alzheimer nos últimos 15 anos".

O estudo foi divulgado pela revista "Nature Genetics".

Os pesquisadores asseguraram que se as atividades dos genes descobertos forem neutralizadas, poderiam prevenir, em um Estado como o Reino Unido (com uma população de 61 milhões de pessoas), 100 mil novos casos por ano do variante mais comum do mal de Alzheimer, o sofrido em idade mais avançada.

A identificação destes três genes é a primeira desde 1993, ano no qual uma forma mutante de um gene chamado APOE foi responsabilizada por 25% dos casos diagnosticados da doença.

Dois destes três novos genes, denominados clusterina (ou CLU) e PICALM, foram identificados pela equipe britânica, e o terceiro, denominado receptor complementar 1 (ou CR1), pela equipe francesa.

O gene clusterina é conhecido por sua variada propriedade protetora do cérebro e, da mesma forma que o APOE, ajuda o cérebro a se desfazer dos amilóides, uma proteína potencialmente destrutiva.

A novidade é que, segundo este estudo, estes gene também ajudam a reduzir as inflamações que danificam o cérebro, causadas por uma excessiva resposta do sistema imunológico, função que compartilha com o CR1.

Os cientistas acreditam que a inflamação cerebral pode ter um papel muito mais importante no desenvolvimento do mal de Alzheimer e que poder interagir com estes genes abre as portas para tratamentos novos e mais eficazes.

O mal de Alzheimer, para o qual não há um tratamento eficaz, é uma doença neurodegenerativa que se manifesta através de uma deterioração cognitiva e de transtorno de conduta, devido à morte dos neurônios e de uma atrofia cerebral.


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Na história das epidemias, até salmonela já foi grande vilã

Peste negra devastou um terço da população europeia na Idade Média.

Conheça algumas das principais epidemias já enfrentadas pelo homem.

Giovana SanchezDo G1, em São Paulo


Ampliar FotoFoto: Reprodução/Wikimedia Commons

Imagem da época mostra padre abençoando doentes de peste (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)

Epidemias, como a recente gripe suína , causam pânico, preocupação e mortes. Sempre foi assim, desde que o homem começou a conviver com as bactérias, as formas de vida mais antigas do planeta. As doenças têm formas variadas, e as mortes podem ser provocadas tanto por uma enfermidade antiga quanto por um novo vírus.

Uma definição de epidemia é dada pelo infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor de "A Historia e Suas Epidemias", Stefan Cunha Ujvari: " são ocorrências de casos de uma doença em número superior ao esperado – esperado com base em cálculos, não em adivinhação."

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Em muitos momentos da história, populações foram arrasadas por mortes em grande escala. A diferença em relação às epidemias atuais é que, antigamente, não eram conhecidas as causas de muitas doenças e não era possível, como hoje, fazer um trabalho preventivo.

"Hoje, com um mundo globalizado e grande acesso a informação e tecnologia, podemos controlar mais facilmente o desenvolvimento dos casos", explicou Ujvari em entrevista ao G1por telefone.

Doenças como cólera, varíola, sarampo e gripe mataram milhões de pessoas em diferentes épocas e lugares. Confira algumas das piores epidemias da história:

Praga de Atenas

No verão de 430 AC, uma epidemia assolou a cidade grega de Atenas. O historiador Tucidides, que sofreu ele próprio da doença, descreveu na época os sintomas como 'calores na cabeça, inflamação nos olhos, dores na garganta e na língua'. A epidemia ocorreu durante o começo da guerra do Peloponeso, entre Atenas e Esparta, e afetou o exército ateniense. De 25% a 35% da população de Atenas morreu vítima da doença.

Segundo o infectologista Stefan Ujvari, o que favoreceu as mortes foi a aglomeração de pessoas nos muros de Atenas por causa da guerra. "Isso funcionou como um caldeirão para a epidemia." Ele conta que a doença que provocou a praga ficou por muitos anos sendo um mistério. "Até que, há cinco anos mais ou menos, uma cova com corpos dessa época foi descoberta e, dentro dos dentes dos cadáveres, foi encontrado o material genético da salmonela."

Peste dos Antônios

Uma grande epidemia começou em 165 e no ano seguinte atingiu Roma, durando 15 anos. O nome era uma alusão à família que governava o império na época. Cerca de um terço da população morreu. No auge da epidemia, eram registradas quase duas mil mortes diárias em Roma.

Em 180, o próprio imperador Marco Aurélio foi morto pela doença. O médico Claudio Galeno descreveu na época a peste como tendo sintomas de febre, diarréia e erupções cutâneas.

Lepra na Europa medieval

Entre os anos 1000 e 1350, a lepra se desenvolveu na Europa. As vítimas sofriam lesões na pele, deformações e perda das extremidades. As pessoas eram isoladas e sofriam muito preconceito. Nessa época, muitos centros para leprosos foram criados, e a Igreja Católica controlava os doentes, sustentando que as lesões eram sinais de impureza religiosa. O doente identificado recebia uma cerimônia religiosa, a ‘missa dos leprosos’, em que ganhava trajes especiais e um instrumento sonoro para anunciar sua chegada a lugares públicos.

"Uma verdadeira perseguição aos leprosos ocorreu na época. Como a lepra não é uma doença altamente contagiosa, achamos que muita gente que tinha doenças de pele foi rotulada como tendo lepra", explicou Stefan Ujvari.

A pior de todos os tempos: a peste negra

Pior epidemia da história da humanidade segundo o infectologista, a peste bubônica matou um terço da população europeia. Com início em 1347, a doença se espalhou rapidamente, seguindo as rotas marítimas.

Em 1348, a doença já havia atingido as áreas mais densas dos mundos cristão e muçulmano. A peste chegou num momento de crise agrária e fome. Por volta de 1350, toda a Europa central e ocidental tinha sido afetada. Após essa grande epidemia, a doença não desapareceu e continuou provocando surtos de tempos em tempos.

Os sintomas da peste bubônica são mal-estar, febre, dores no corpo e inchaços do tamanho de um ovo, conhecidos como bubões. A coloração azulada que dá o nome à doença, ocorre pela falta de oxigenação da pele, pela insuficiência pulmonar.

Ratos com pulgas contaminadas pelo bacilo foram um grande fator de disseminação da peste na época. Segundo escreveu Ujvari em seu livro "A História e suas epidemias", "as epidemias encontram terreno propício nas regiões com aglomerações populacionais e condições precárias de higiene, em que ocorre grande proliferação de ratos dividindo espaço com os homens.”

Suor inglês: a doença misteriosa

A cidade de Londres foi alvo de uma epidemia no século XV. As características da doença eram febre intensa e calafrios. Em poucas horas, o paciente podia ter convulsões, entrar em coma e morrer. De cada três pessoas que apresentavam o sintoma, uma morria. A doença teve grandes surtos e chegou a atingir boa parte da corte de Henrique VIII. Cidades perderam quase a metade da população.

O ultimo surto da doença, em 1529, atingiu outros países, como Holanda, Rússia e Alemanha. Depois de um quinto surto, em 1551, quando matou 900 pessoas nos primeiros dias, a doença desapareceu completamente e permanece como um mistério ate hoje.

Cólera na era das máquinas

Em 1817, a cólera começou a se espalhar por áreas da Índia, onde já era endêmica. Alguns anos depois, atingiu o leste da Ásia e o Japão. Em 1820, Bangcoc, capital da Tailândia, reportou 30 mil mortes (numa população de 150 mil habitantes).

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Hospital improvisado no Kansas, durante a gripe espanhola (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)

Dez anos mais tarde, em 1831, a doença chegou à Europa pela Inglaterra e atingiu os principais centros industriais e locais de moradia lotados, como cortiços. Durante a epidemia, quase 30 mil pessoas morreram no Reino Unido, a maioria pessoas pobres.

Gripe espanhola

Os soldados que lutavam nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial em 1918 enfrentavam não apenas o frio, a chuva, a lama e o inimigo. Nessa época, uma gripe mortal acometeu tropas inteiras e logo se espalhou para a população civil, matando de 40 milhões a 50 milhões de pessoas, primeiro na Europa e nos EUA, depois na Ásia e nas Américas Central e do Sul. Há relatos de pessoas que acordavam bem e, no final da noite, estavam morrendo – tão rápido era o avanço da doença.


No Brasil, a gripe espanhola, como ficou conhecida, apareceu no final do ano, quando marinheiros desembarcaram doentes após uma ida à África. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, 65% da população adoeceu. “Só no Rio de Janeiro, foram registradas 14.348 mortes. Em São Paulo, outras 2.000 pessoas morreram”, diz o site da Fiocruz.

Gripe asiática

A doença atingiu a China nos anos de 1957 e 58 e chegou aos EUA matando mais de 70 mil pessoas. Diferente do tipo de vírus que causou a epidemia de 1918, esse era rapidamente identificado principalmente devido aos avanços da tecnologia médica. A Organização Mundial da Saúde estima que até 50% da população foi afetada, e a taxa de mortalidade era de uma pessoa a cada 4 mil. O numero de mortes no mundo passou de um milhão.

Gripe de Hong Kong

Nos anos de 1968 e 69, um outro tipo de gripe matou de 1 milhão a 3 milhões de pessoas - quase 34 mil só nos EUA e 30 mil na Inglaterra. Transmitida por aves, a doença matou em muito pouco tempo. Meio milhão de casos foram reportados em Hong Kong apenas nas duas primeiras semanas. A doença chegou nos EUA em setembro de 1968, por meio de soldados vindos do Vietnã. A vacina começou a ser fabricada dois meses após o surto.

Sars

A doença respiratória viral Sars (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave) foi detectada pela primeira vez em fevereiro de 2003, na Ásia. Nos meses seguintes, se espalhou para mais de 12 países na América do Norte, na América do Sul, na Europa e na Ásia. A doença começa com uma febre alta e pode ter dores de cabeça, no corpo e mal-estar. A transmissão ocorre por contato próximo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um total de 8.098 pessoas ficaram doentes no mundo, das quais 774 morreram. No mesmo ano a epidemia foi controlada.