terça-feira, 13 de outubro de 2009

EMBOLIA POR LÍQUIDO AMINIOTICO

Para entendermos o que causa a E.L.P (Embolia por Líquido Aminótico), temos primeiramente que sabermos o que é a Ruptura de Prematura de Membranas, por isso iremos abordar nessa máteria as duas complicações gineco-obstetricas.

A embolia de líquido amniótico é a obstrução de uma artéria pulmonar da mãe pelo líquido amniótico (o líquido que envolve o feto no interior do útero). Muito raramente, um êmbolo (uma massa de material estranho na corrente sangüínea) formado por líquido amniótico penetra na corrente sangüínea da mãe, geralmente durante um trabalho de parto particularmente traumático com ruptura das membranas.

O êmbolo desloca- se até os pulmões da mãe e obstrui uma artéria. Essa obstrução é denominada embolia pulmonar. Ela pode produzir um aumento da freqüência cardíaca, arritmias cardíacas, colapso, choque ou inclusive parada cardíaca e morte. Quando a mãe sobrevive, a coagulação intravascular disseminada é uma complicação comum e exige tratamento de emergência.

Ruptura Prematura das Membranas


A ruptura prematura das membranas é a ruptura das membranas cheias de líquido que contêm o feto 1 hora ou mais antes do trabalho de parto iniciar. A ruptura das membranas, seja ela prematura ou não, é comumente denominada ruptura da bolsa.

O líquido amniótico (líquido do interior das membranas) sai pela vagina. No passado, quando as membranas rompiam prematuramente, fazia-se o máximo possível para provocar o parto para prevenir a infecção, a qual poderia afetar a mãe ou o concepto. No entanto, isto não é mais necessário porque o risco de infecção pode ser reduzido diminuindo a quantidade de exames ginecológicos após a ruptura das membranas.

Em um único exame com um espéculo (instrumento que separa as paredes vaginais), o médico pode comprovar a ruptura das membranas, estimar a dilatação do colo do útero e coletar líquido amniótico da vagina. Quando o exame do líquido amniótico indica que os pulmões do feto estão suficientemente maturos, o trabalho de parto é induzido (iniciado artificialmente) e o concepto é retirado.


Quando os pulmões do feto não estão maturos, o médico tentará postergar o parto até que eles amadureçam. Em 50% das mulheres, o repouso ao leito e a administração intravenosa de líquidos retarda o trabalho de parto, mas algumas também necessitam de uma droga que inibe as contrações uterinas (p.ex., o sulfato de magnésio intravenoso, a terbutalina subcutânea ou oral ou, raramente, a ritodrina intravenosa).


A mulher é hospitalizada e mantém repouso ao leito, podendo levantar- se para ir ao banheiro. A temperatura e a freqüência de pulso geralmente são verificadas no mínimo 2 vezes por dia. Um aumento da temperatura ou da freqüência de pulso pode ser um sinal precoce de infecção.


Quando a gestante apresenta uma infecção, o trabalho de parto é induzido e o concepto é removido. Se a perda de líquido amniótico cessar e as contrações interromperem a mulher pode ser liberada, mas ela ainda deve fazer repouso ao leito e deve ver o médico pelo menos uma vez por semana.



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